Editora pedagógica do Letra A participa de Colóquio para falar sobre transição do jornal para o formato digital

A publicação, originalmente impressa, passou a ser digital a partir de 2017


     

Acontece • Terça-feira, 21 de Agosto de 2018, 19:50:00

 
A professora aposentada da Faculdade de Educação da FaE e pesquisadora do Ceale Isabel Cristina Frade, atual editora pedagógica do Letra A, participou ontem, como representante do jornal, do 2º Colóquio Universidade e Comunicação Pública. O evento, realizado pelo Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG na reitoria da universidade, teve como um de seus objetivos discutir as implicações da transição dos jornais impressos para o meio digital. Além de Isabel, também participaram da mesa de discussão Alexandre Lenzi, doutor em jornalismo e professor na Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), e Magno Medeiros, doutor em educação e Secretário de Comunicação da UFG (Universidade Federal de Goiás).
 
Em sua fala, Alexandre demonstrou como a pergunta “o caminho é o digital?” pode não ter uma resposta tão simples. Para isso, ele comparou aspectos como a falta de novas gerações de leitores de jornais impressos com as difíceis exigências do jornalismo multimídia. Além disso, ele também usou exemplos de redações ao redor do mundo que se adaptaram de formas diferentes às novas demandas do mercado e da tecnologia. Magno, por sua vez, trouxe como exemplo as transformações no jornal da UFG, que recentemente abandonou, de maneira provisória, sua veiculação impressa e se voltou para a internet. Segundo ele, a forma digital, apesar de não alcançar os públicos que preferem o papel, traz benefícios como a facilidade de distribuição e o alcance, além de abrir a possibilidade para que outros formatos de mídia também possam compor as notícias.
 
A professora Isabel Frade apresentou um panorama das características e das mudanças do jornal Letra A desde sua criação. Foto: Júlia Duarte/UFMG
 
Isabel, ao falar do jornal Letra A, destacou a sua diferença em relação a outros jornais tanto por conta do público bastante específico - professores da educação básica - quanto por conta da temática da educação e da forma de sustentação financeira. Ao falar da transição para o formato digital, ocorrida há cerca de dois anos, ela identificou benefícios como o uso das palavras-chave que, segundo ela, “permitem não só o leitor, seja professor ou pesquisador, possa recolher - pela questão da perenidade dos temas da educação - e compilar temas no formato digital com mais facilidade”. Outro ponto abordado foi o desafio da conciliação entre o modo de ser dos leitores no formato digital com uma editoria especializada que tem um aprofundamento maior em seus temas.
 
A mesa foi encerrada com comentários do professor do departamento de Comunicação Social da UFMG Elton Antunes, que notou que as três falas indicaram que não há dicotomia entre o impresso e o digital, da forma como vem sendo costumeiramente encarada a questão. 
 
Fotos: Júlia Duarte/UFMG