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Para repensar a alfabetização: um estudo introdutório.

O trabalho teve como objetivos: analisar como é encarada, na escola, a maneira de falar da criança de camadas populares, e suas implicações para a aprendizagem da leitura e da escrita; verificar a utilização, ou não, das experiências da criança pela escola; descrever como ocorre, em sala de aula, o ensino da leitura e da escrita. A pesquisa foi feita em uma escola pública localizada na periferia de Teresina, Piauí, freqüentada por crianças pertencentes às camadas populares, tendo sido usados, como procedimentos, observações de aulas em 4 turmas de alfabetização e entrevistas com as professoras das turmas, com 30 crianças multirepetentes e com dificuldade de adaptação à professora, e com 10 pais. A autora constatou: nas professoras, a presença de preconceitos em relação à fala das crianças e as interações lingüísticas escolares funcionando como forma de dominação e reforçamento das diferenças sociais; nas crianças, a utilização da linguagem como forma de resistência, de manutenção de sua identificação cultural com o seu meio; nas atividades de ensino-aprendizagem, uma desarticulação entre as experiências de vida das crianças e o conteúdo que a escola lhes impõe, e um ensino da leitura e da escrita restrito a exercícios mecânicos de repetição e cópia. Concluindo, a autora sugere alternativas para o processo de alfabetização na escola.

Nome do Autor: SILVA, Maria de Nazaré da Costa
Nome do Orientador: Regina Alcântara de Assis
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Estado:
Ano Publicação: 1987
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Sociolingüistica
Assunto:Língua Oral / Língua Escrita
Referência:

SILVA, Maria de Nazaré da Costa. Para repensar a alfabetização: um estudo introdutório. Campinas: PG em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 1987. 109p. (Dissertação de Mestrado).