Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
As políticas do livro didático no Brasil estão entre as mais consolidadas no campo da educação e remontam ao ano de 1929, com a criação do Instituto Nacional do Livro. Em 1985, o Ministério da Educação criou Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), para adquirir e distribuir livros didáticos para todos os estudantes de escolas públicas. Em 1996, o programa passou a contar com avaliação pedagógica das obras distribuídas.
O Ceale passa a fazer parte dessa história no ano seguinte, quando assumiu a avaliação dos livros didáticos de alfabetização. Em 2002, passou a avaliar também dicionários e livros de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental (da 1ª à 8ª série, na época).
A avaliação instituída pelo PNLD teve consequências diretas na melhoria da qualidade dos livros utilizados em todas as escolas públicas brasileiras. As coleções recomendadas são apresentadas na forma de resenhas em um Guia, que é entregue em todas as escolas do país, para que os professores possam escolher, de modo mais criterioso, os livros que utilizarão em suas turmas.
Abaixo, a capa do primeiro Guia do PNLD que contou com a participação do Ceale.
“Antes desse projeto de avaliação pedagógica o livro didático disseminava preconceitos, fazia proselitismo religioso, político, e esse projeto controlou, porque a gente faz uma avaliação muito minuciosa e apurada dessas questões. Em relação à qualidade pedagógica desses livros houve um progresso imenso entre o livro didático que era produzido até 2000 e o livro que passou a ser produzido de lá pra cá. A qualidade, a abrangência dos meios de ensino, o tratamento dado aos meios de ensino mudou pra melhor radicalmente.”
Maria da Graça Costa Val
Pesquisadora do Ceale
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