Estudo analisa os efeitos do ensino remoto na escrita de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental
Uma pesquisa-intervenção desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Educação (Promestre), da Faculdade de Educação da UFMG, resultou na publicação do artigo “Apropriação da escrita por crianças de 8 anos na pós-pandemia” na revista Educação em Foco, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O estudo foi conduzido pela professora da rede pública municipal de Belo Horizonte e integrante do Grupo de Pesquisa em Alfabetização (GPA/Ceale), Josiane de Assunção Marcelos, sob orientação da professora, pesquisadora do Ceale e docente da FaE/UFMG, Valéria Barbosa Machado.
A investigação discute os impactos do ensino remoto no processo de aquisição da escrita por crianças do 3º ano do Ensino Fundamental, consideradas não alfabetizadas em 2022. O estudo foi realizado em uma escola pública da rede estadual de Minas Gerais, com 19 crianças organizadas em grupos conforme seus níveis de conhecimento do sistema de escrita.
A análise parte de avaliações iniciais e finais baseadas nos níveis de escrita definidos por Emilia Ferreiro, após a aplicação de um programa de intervenção com foco em sílabas complexas — como CVC (consoante–vogal–consoante), CCV (consoante–consoante–vogal) e CV nasal (consoante–vogal–nasal). Os resultados demonstraram avanços significativos na correspondência entre grafemas e fonemas, embora a sílaba CV nasal tenha apresentado maior grau de dificuldade para as crianças.
A pesquisa também foi apresentada no Ceale Debate em novembro de 2024. Confira aqui:
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Palavras-chave: alfabetização, escrita inventada, pós-pandemia, letramento, ensino fundamental.