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Avaliação na 1ª série do 1º grau numa escola pública.

 Este trabalho procurou explorar o problema da avaliação em duas turmas de primeira série do Ensino Fundamental, numa escola pública estadual, localizada num subúrbio periférico da cidade de Recife, no Pernambuco. Uma das turmas estudadas era composta por crianças de ambos os sexos entre 7 e 8 anos, e a outra era constituída por crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 14 anos, na sua maioria repetentes. Além disso, foram realizadas entrevistas com as professoras, observações em sala de aula e análise de alguns documentos normatizados pela SEE de Pernambuco. Foi registrada na escola, de forma bem visível, o descaso e a falta de cientificidade com que a avaliação é tratada. Os critérios avaliativos são centrados na repetição do que foi decorado, na disciplina apresentada pelo aluno e nos conhecimentos que foram adquiridos em outras situações. Com o passar do tempo na escola, começou-se a perceber que a primeira professora (que lecionava na turma A) endurecia na presença da pesquisadora, e a segunda (que lecionava na turma B) parecia que relaxava. Na entrevista com as crianças da 1a série A, não foram colhidos dados significativos sobre a pesquisa, pois estes queriam conversar sobre festinhas, brigas, paqueras e etc. Sobre este mesmo tema, os alunos da 1a série B, mostraram tranqüilidade, afirmando com segurança não se sentirem assustados ou preocupados por terem que se submeter a uma prova, depoimento que era confirmado pela postura tranqüila que apresentavam. Embora a primeira turma não tenha se manifestado satisfatoriamente, a forma com que ambas as turmas reagiam perante uma avaliação foi surpreendente, pois estas mantinham um clima calmo e de segurança. Sendo voltada para o desempenho do aluno, a avaliação objetiva, principalmente, atribuir notas que servirão de parâmetro quase exclusivo para a aprovação ou reprovação e para controlar e adaptar as condutas sociais e educacionais dos alunos. A avaliação é uma prática educativa importante, necessitando ser entendida dentro dos contornos de uma ação educacional mais ampla. Compreender, pois, a avaliação numa concepção de totalidade é incursionar pela sua dimensão de prática social. A autora conclui dizendo que é possível mudar a realidade, que é possível ser diferente e construir uma história de sucesso utilizando basicamente os mesmos ingredientes que constituem o cotidiano escolar, tendo como uma dos fatores preponderantes neste processo, a conscientização e a iniciativa dos professor.

Nome do Autor: Ana Lúcia Gomes de Morais Dantas Silva
Nome do Orientador: Paulo Gileno Cysneiros
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco
Estado:Pernambuco
Ano Publicação: 1995
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: SILVA, Ana Lúcia Gomes de Morais Dantas. Avaliação na 1ª série do 1º grau numa escola pública. 1995. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 1995.