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Processo identitário da professora-alfabetizadora: mitos, ritos, espaços e tempos

Os percursos de vida de oito professoras-alfabetizadoras atuantes em escolas públicas e particulares localizadas na cidade do Rio Grande/RS constituem o campo de análise desta Tese de Doutorado, que intitulei Processo identitário da professora-alfabetizadora: mitos, ritos, espaços e tempos. Com o objetivo de compreender como se dá, nestes percursos, a (re)construção da identidade profissional, fundamento este estudo em dois campos teóricos: um, que orientou a compreensão da identidade enquanto processo dinâmico reconstruído em meio a uma rede de socializações, no qual privilegio, principalmente, as idéias de Anthony Giddens, Claude Dubar e António Nóvoa; o outro campo, que se refere à abordagem (auto)biográfica, sustenta o trabalho com narrativas dos percursos de vida, tendo como base o pensamento de Jean Clandinin, Michael Connelly, Pierre Dominicé, Ivor Goodson, entre outros, citados ao longo do estudo, os quais defendem tal abordagem no campo da educação, tanto como metodologia de pesquisa, quanto como formação de professores. Estes dois campos teóricos tramam-se no decorrer de toda a análise das narrativas das professoras e, sob forma de rede, dão sustento ao desenvolvimento deste estudo. Ao analisar as narrativas dos percursos de vida de cada participante, tendo como orientação princípios da análise de conteúdo, meu olhar esteve atento à captura daqueles que as professoras expressaram como influentes na (re)construção da identidade profissional, dos quais trago, neste estudo, os percursos que falam: da infância, situando a presença de pessoas do meio familiar e do contexto escolar; da escolha da profissão; dos lugares de formação acadêmica, e do ingresso no magistério. Destes, emergiram crenças, valores, saberes, mitos, ritos e sentimentos, que foram orientando as professoras na decisão da profissão e, conseqüentemente, no modo de ser professora-alfabetizadora. Nos cruzamentos entre os percursos vividos pelo grupo, encontro, por um lado, diferenças nas experiências de vida de cada professora-alfabetizadora que, articuladas, influenciam as decisões da vida profissional; por outro, proximidades que explicam o que tem identificado as professoras-alfabetizadoras enquanto um grupo específico da categoria.

 

Nome do Autor: Cleuza Maria Sobral Dias
Nome do Orientador: Maria Emília Amaral Engers
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Estado:Rio Grande do Sul
Ano Publicação: 2002
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Tese de Doutorado
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: DIAS, Cleuza Maria Sobral. Processo identitário da professora-alfabetizadora: mitos, ritos, espaços e tempos. 2002. Tese de Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2002.