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O TRABALHO DOCENTE E OS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES

Tendo em vista as metas estabelecidas pelos governos em relação à alfabetização, como a de alfabetizar todos os alunos até os 8 anos de idade, surgem expectativas quanto ao trabalho dos professores alfabetizadores e o trabalho docente dentro dos programas de formação continuada de professores alfabetizadores que, muitas vezes, investem nestes como estratégia utilizada pelos governos para auxiliar os professores. Nesse contexto, esta dissertação de mestrado tem por objetivo analisar a concepção de trabalho docente presente nos programas de alfabetização continuada de professores alfabetizadores a fim de responder a seguinte pergunta: como o trabalho docente tem sido concebido nos atuais programas de formação continuada de professores alfabetizadores? Como referencial teórico sobre alfabetização, foi utilizada a perspectiva discursiva de alfabetização valendo-se da contribuição de Smolka (2012);e sobre o trabalho docente, utilizaremos os escritos de Oliveira (2004, 2005); Duarte (2010); Mancebo (2007); Mello e Rigolon (2011); Aplle (1989); Garcia e Anadon (2009); Aquino (2009); e Hypólito (2009, 2010, 2011). Foi realizada uma pesquisa que se valeu da análise documental. Foram selecionados programas de formação continuada voltados a professores alfabetizadores implementados entre os anos de 2003 a 2014, sendo eles: Profa (nome do programa em âmbito nacional)- Letra e Vida (como ficou conhecido apenas no estado de São Paulo); Programa Toda Criança Aprendendo – Programa de apoio à Leitura e Escrita (PRALER); Programa Pró-Letramento; Programa Ler e Escrever e o Pacto Nacional de Alfabetização pela Idade Certa (PNAIC). Foram analisados alguns documentos oficiais referentes a esses programas, disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) através de seus sites na internet. Os resultados demonstram que cada vez mais o trabalho do professor alfabetizador é controlado, sendo cobrado e responsabilizado por resultados positivos em relação à aprendizagem dos seus alunos, gerando desconforto entre esses profissionais. Esse cenário é condizente com o quadro mais amplo de intensificação, precarização e autointensificação do trabalho docente, fenômenos esses que podem estar sendo agravados pelos programas de formação continuada de professores alfabetizadores analisados nesta pesquisa.

Nome do Autor: Tatiana Palamini Souza
Nome do Orientador: Andreza Barbosa
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
Estado:São Paulo
Ano Publicação: 2015
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: SOUZA, Tatiana Palamini. O TRABALHO DOCENTE E OS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES. 2015. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Metodista de Piracicaba, São Paulo, 2015.