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A produção de ignorância na escola pública; uma análise crítica do ensino da língua escrita na sala de aula.

O estudo teve como objetivos investigar como a escola tem contribuído para manter inalterados os índices de analfabetismo no país, e apontar caminhos para a construção de uma educação que produza conhecimento ao invés de ignorância. Com base na Educação Libertadora, de Paulo Freire, e na Epistemologia Genética, de Jean Piaget, efetuou-se uma análise crítica do ensino da língua escrita vigente nas escolas públicas. Foram observadas duas turmas de 1ª série, durante um ano letivo, e realizadas entrevistas com as professoras e alguns alunos. Verificou-se que a rígida disciplina, a relação autoritária entre a professora e os alunos, a avaliação da aprendizagem, feita de forma autoritária e arbitrária, ignoram os processos cognitivos dos alunos e visam, sobretudo, à classificação e à seleção dos "mais aptos". (Constatou-se que a professora está submetida à hierarquia do sistema educacional e espera-se dela que apenas cumpra as determinações superiores.) Concluiu-se que a escola pública, aparentemente democrática, na verdade legitima a "ignorância" da maioria da população. A falta de um posicionamento crítico e/ou de visão da totalidade social por parte dos educadores é um obstáculo a ser superado para a transformação da prática pedagógica.

Nome do Autor: FREITAS, Lia Beatriz de Lucca
Nome do Orientador: Fernando Becker
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Estado:
Ano Publicação: 1986
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Psicologia Genética
Assunto:Concepção de Alfabetização
Referência:

FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. A produção de ignorância na escola pública; uma análise crítica do ensino da língua escrita na sala de aula. Porto Alegre: PG em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1986. 177p. (Dissertação de Mestrado).