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A leitura e a escrita como atos interdiscursivos: implicações para a prática alfabetizadora

A pesquisa, intitulada A LEITURA E A ESCRITA COMO ATOS INTERDISCURSIVOS: implicações para a prática alfabetizadora, teve por objetivo geral desenvolver uma intervenção pedagógica no 2º ano do Ciclo de Alfabetização em uma escola da Rede Pública Municipal de Raposa, tendo em vista o ensino da linguagem escrita como um processo interdiscursivo. Os objetivos específicos pretendidos foram: identificar as concepções que têm fundamentado o ensino inicial da linguagem escrita ao longo da história; compreender o ensino da leitura e da escrita no início da escolarização como um processo de interlocução; verificar a natureza das atividades desenvolvidas em uma escola pública municipal de Raposa, bem como as estratégias utilizadas pela professora do 2º ano do Ciclo de Alfabetização nas situações de leitura e escrita, visando um processo de intervenção; e, por fim, produzir um livro, adotando o gênero discursivo carta, com a experiência de intervenção desenvolvida no 2º ano do Ciclo de Alfabetização em uma escola da Rede Municipal de Raposa. O estudo foi realizado mediante pesquisa-ação, tendo em vista a natureza do Mestrado Profissional, cujos instrumentos de geração de dados utilizados foram a observação participante e a entrevista semiestruturada. Os sujeitos da pesquisa foram a professora e as crianças do 2º ano do Ciclo de Alfabetização e, também, a própria pesquisadora. Para elaboração do texto dialogou-se com os seguintes interlocutores: Vygotski (1995); Leontiev (1978); Bakhtin (2011); Bakhtin/Volochínov (2014), Mortatti (2014; 2012; 2006); Frade (2005; 2012), Smolka (2003), Thiollent (1988), Gontijo (2002), entre outros. A escola, locus da pesquisa, fica em Raposa, município maranhense localizado na microrregião da Aglomeração Urbana de São Luís. No presente texto, descrevem-se os caminhos metodológicos que foram traçados, destacando-se as mudanças de percurso durante a investigação; faz-se uma análise da trajetória dos métodos e das práticas de alfabetização. Seguidamente, aprofunda-se o debate acerca da apropriação da linguagem escrita pela criança baseado nas concepções histórico-cultural (Vygotsky) e dialógica (Bakhtin), apresentando-se os dados gerados nos momentos de observação participante. Após, apresenta-se a Proposta de Intervenção idealizada para a turma com a qual se realizou a pesquisa. Propõese o trabalho com os gêneros textuais, visando a um ensino que dialoga com a língua viva. Conclui-se por meio das cenas geradas, que o ensino pautado nos microaspectos da língua não tem dado conta de alfabetizar as nossas crianças, tampouco tem favorecido o contato com a linguagem escrita. Durante a intervenção, buscou-se proporcionar momentos de interação e diálogo entre elas, propondo atividades em que a língua não fosse trabalhada de forma fragmentada ou descontextualizada. Ao final da intervenção, percebeu-se que as crianças se apropriaram de alguns gêneros textuais trabalhados, pois já compreendiam o seu uso, bem como os reconheciam em diferentes situações.

Nome do Autor: Noyra Melônio da Fonseca
Nome do Orientador: Joelma Reis Correia
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Estado:Maranhão
Ano Publicação: 2018
Curso: PG em Gestão de Ensino da Educação Básica
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico:
Assunto:
Referência: FONSECA, Noyra Melônio da. A leitura e a escrita como atos interdiscursivos: implicações para a prática alfabetizadora. 2018. Dissertação de Mestrado (Mestrado Acadêmico) - Universidade Federal do Maranhão, Maranhão, 2018.