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Memória operacional e repercussões no vocabulário expressivo na Síndrome de Down
O desenvolvimento da linguagem de pessoas com síndrome de Down (SD) ocorre de maneira mais lenta, ocasionando problemas no seu desempenho comunicativo. Fatores neurológicos, auditivos e outros comprometimentos influenciam no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Outro grande problema na síndrome de Down é o déficit de memória de trabalho. Tais déficits parecem estar ligados à disfunção de uma rede de ligações cerebrais incluindo as conexões na região frontal. Atualmente tem se estudado se as dificuldades das crianças nas tarefas de memória de trabalho é resultado de seu baixo rendimento em tarefas de processamento verbal, ou se existem outras questões envolvidas. O objetivo desse estudo foi investigar a relação entre as dificuldades de memória de trabalho e de linguagem expressiva em pessoas com Síndrome de Down. Foram avaliados 15 indivíduos com SD com idades entre 07 e 26 anos que fazem parte de um projeto de extensão vinculado a uma Instituição de Ensino Superior da Paraíba. Todos eles estavam em acompanhamento fonoaudiológico e foram submetidos a avaliação do vocabulário expressivo, pelo teste de nomeação de imagens: ABFW – Vocabulário; avaliação da memória de trabalho através dos testes de repetição de não palavras e de dígitos baseados em Hage e Grivol (2009). Em seguida, foi realizada uma análise estatística inferencial, e o uso do teste não-paramétrico de correlação de Spearm Mann-Whitney e para verificar o grau de relacionamento de variáveis o teste qui-quadrado. Os resultados no teste de vocabulário expressivo demostraram uma média de 64.60 % de designações verbais usuais (DVU), 1.75% de não designações (ND) e 33.63 % de processos de substituição (PS). No desempenho por categoria semântica o melhor desempenho foi na categoria formas e cores e o pior foi na categoria locais. Nas provas de memória de trabalho a média dos resultados foi de 31,36 pontos na prova de não palavras, e na prova de dígitos de ordem direta a média foi de 5,57 pontos. O desempenho na prova de não palavras sofreu influência da extensão da palavra, ou seja, quanto maior o número de sílabas pior foi o desempenho dos indivíduos. A correlação entre o teste de não palavras e de dígitos de ordem direta e as médias de DVU e PS (ABFW) mostrou-se significantes. Ou seja, quanto melhor os resultados nos testes de não palavras e de ordem de dígitos (avaliação da memória de trabalho) melhor foi o desempenho no teste de vocabulário expressivo. Não houve relação significativa entre as variáveis idade, escolaridade e alfabetização com os testes de memória e de vocabulário expressivo.
Nome do Autor: Talita Maria Monteiro Farias BarbosaNome do Orientador: Isabelle Cahino Delgado
Instituição: Universidade Federal da Paraíba
Estado:Paraíba
Ano Publicação: 2018
Curso: Programa de Pós-Graduação em Linguística
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área:
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico:
Assunto:
Referência: BARBOSA, Talita Maria Monteiro Farias. Memória operacional e repercussões no vocabulário expressivo na Síndrome de Down. 2018. Dissertação de Mestrado (Mestrado Acadêmico) - Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, 2018.