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A alfabetização e os desafios para o professor recém-formado
Historicamente, em nosso contexto educacional, a atuação dos docentes, especialmente para os recém-formados, passa por vários desafios, principalmente quando se trata da alfabetização nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O professor que inicia sua carreira na alfabetização, geralmente enfrenta salas numerosas e precisa lidar com alunos que possuem diferentes conhecimentos e experiências, muitas vezes, alguns alunos apresentam dificuldades em relação à aquisição da leitura e da escrita e necessitam de intervenções ajustadas às suas reais necessidades. A presente pesquisa propõe uma investigação sobre os desafios enfrentados por professores alfabetizadores recém-formados, a partir do seguinte problema: “Quais os desafios que um professor recém-formado enfrenta em uma sala de alfabetização, em interface com os saberes e fazeres de sua prática alfabetizadora?”. Desenvolvemos uma revisão da literatura sobre a formação de professores, a Pedagogia, a Alfabetização/Letramento e as Políticas de Formação para alfabetizadores, tendo como referenciais teóricos principais: Tardif (2014); Nóvoa (2009); Gatti e Barreto (2009); Saviani (2005; 2008); Libâneo (2006; 2010; 2012); Pimenta (2012); Franco (2003; 2005; 2012); Bahia (2016); Gatti (2010; 2013; 2014); Gatti, Barreto e André (2011); Monteiro (2014); Mortatti (2000; 2006); Albuquerque (2007); Ferreiro e Teberosky (1985) e Teberosky (1997). Realizamos uma pesquisa de campo, com a participação de cinco professores-alfabetizadores da rede pública de ensino municipal de Santo André. Os instrumentos para a coleta e análise de dados foram compostos por questionário para o delineamento do perfil dos sujeitos e realização de entrevistas de aprofundamento. As análises dos dados das entrevistas apoiam-se na Metodologia de Análise de Conteúdo, proposta por Franco (2003). As categorias analisadas consideraram a apresentação de si e escolha da carreira; formação inicial e continuada/saberes; alfabetização – teorias e práticas; o estágio enquanto prática pedagógica, bem como abordam as atribuições que marcam e definem a constituição da identidade do professor-alfabetizador recém-formado. Em relação aos desafios, observamos como resultados: formação inicial fragilizada que acaba distanciando a teoria da prática; salas de aulas com muitos alunos; estágios realizados com lacunas nas supervisões; currículo de formação com mais ênfase nas teorias do que nas práticas/metodologias alfabetizadoras; falta de um planejamento, ou mesmo, de um projeto político pedagógico que oriente o professor-alfabetizador recém-formado em seu fazer; além da descontinuidade das políticas de formação continuada.
Nome do Autor: Zeni de Oliveira Muniz FerreiraNome do Orientador: Norinês Panicacci Bahia
Instituição: Universidade Metodista de São Paulo
Estado:São Paulo
Ano Publicação: 2017
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: FERREIRA, Zeni de Oliveira Muniz. A alfabetização e os desafios para o professor recém-formado. 2017. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Metodista de São Paulo, São Paulo, 2017.