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O presente estudo investiga a relação entre a escrita e a consciência fonológica antes e após um programa de intervenção aplicado em dez crianças, com idades entre seis e sete anos, do 1º ano do Ensino Fundamental I de uma mesma classe de um colégio particular de médio porte, localizada na zona periférica da cidade de Feira de Santana – BA. Entende-se como consciência fonológica a habilidade de refletir e manipular os sons da fala, nos níveis da sílaba e fonema. A escrita foi analisada de acordo com os estágios de escrita propostos por Ferreiro e Teberosky (1998) e os erros ortográficos avaliados conforme Cagliari (1997). Para avaliar a conscência fonológica, foi utilizado o CONFIAS – Consciência Fonológica Instrumento de Avaliação Sequencial, proposto por Moojen et al. (2014). O programa de intervenção é uma adaptação do CONFIAS sugerido por Cardoso e Capellini (2009). A pesquisa tem como objetivos: descrever o desempenho de escolares em um ditado de palavras isoladas; analisar o desempenho em tarefas de CF; identificar as estratégias utilizadas pelos sujeitos no teste de CF; comparar os resultados obtidos antes e após o programa de intervenção; verificar se há relação entre os resultados do teste de consciência fonológica e os erros de ortografia. Como aporte teórico, foram utilizados, sobretudo, os trabalhos de Cagliari (1997), Ferreiro e Teberosky (1998), Morais (2000), Moreira (2013), Moojen et al. (2014), Pepe (2014). Os resultados encontrados apontam que, mesmo alfabetizadas, as crianças permaneciam com dificuldades em executar a tarefa de segmentação fonêmica; a intervenção contribuiu, sobretudo, para o desempenho dos sujeitos nas tarefas no nível fonêmico; as tarefas que envolvem rima e segmentação de fonemas são as mais complexas de serem executadas; as crianças utilizam estratégias na tentativa de acertarem as tarefas de CF; foram encontrados, nos dados do ditado de palavras, erros de duas naturezas: uso indevido de letras e modificação da estrutura segmental. A pesquisa contribui para os campos médico e educacional, tendo em vista que pode auxiliar as práticas de reabilitação para pacientes com distúrbios da linguagem ou dificuldades de aprendizado, sobretudo relacionados à escrita; para o entendimento das dificuldades associadas à consciência fonológica; além de oferecer subsídios aos professores que trabalham com turmas de alfabetização.