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Consciência Fonológica e níveis psicogenéticos de escrita nos 1° e 2° anos do ensino fundamental
No presente estudo, buscamos analisar a relação existente entre a consciência fonológica e os estágios psicogenéticos de escrita, em crianças do primeiro e do segundo anos do ensino fundamental de duas escolas da cidade de Fortaleza, no início do processo de aquisição da escrita. Baseamo-nos em estudos que tratam acerca do desenvolvimento da consciência fonológica (POERSCH, 1998; CARVALHO, 2003), assim como nos estudos psicogenéticos sobre o desenvolvimento da escrita (FERREIRO; TEBEROXKY, 1985). Utilizamos o banco de dados organizado por Carvalho (2003), que traz dados sobre o desenvolvimento da consciência fonológica e dos níveis psicogenéticos de escrita nas séries iniciais do processo de escolarização. Neste trabalho, no entanto, utilizamos somente os dados fonológicos e de escrita do primeiro e segundo anos do ensino fundamental das duas escolas da amostra, uma particular e uma outra de aplicação. Em relação à consciência fonológica, foram analisados os dados obtidos em tarefas de identificação de rima, sílaba inicial e fonema inicial, em dois níveis de consciência (sensibilidade fonológica e consciência plena). Os dados de escrita, por sua vez, foram analisados e categorizados em níveis de escrita a partir da utilização do teste de quatro palavras e uma frase. As principais conclusões a que chegamos foram: a) as crianças trazem consigo certo nível de sensibilidade fonológica, principalmente em relação às unidades sílaba e rima; b) a maioria das crianças da escola particular faz uso da estratégia alfabética de escrita no 1º ano do ensino fundamental, enquanto na escola de aplicação, na mesma série, as crianças ainda fazem uso das estratégias logográfica e/ou silábica; c) a maioria das crianças do 2º ano da escola particular faz uso da estratégia alfabética e/ou ortográfica, enquanto as crianças da mesma série da escola de aplicação utilizam diferentes estratégias: c.1) as crianças da turma A utilizam estratégia silábico-alfabética e/ou alfabética; c.2) as crianças da turma B fazem uso da estratégia alfabética e/ou ortográfica; d) as crianças que apresentam estratégias de escrita mais complexas demonstram mais facilidade de manipular as unidades fonológicas, reconhecendo melhor as similaridades fonológicas nos testes de identificação de unidades fonológicas, dessa maneira, os alunos do 2º ano que fazem uso de estratégias de escrita alfabética e/ou ortográfica alcançaram escores mais altos nos testes de sensibilidade fonológica e de consciência plena.
Nome do Autor: Kenia Queiroz Cavalcante
Nome do Orientador: Wilson Junior de Araujo Carvalho
Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Estado:Ceará
Ano Publicação: 2015
Curso: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Linguística, Letras e Artes: Linguística e Letras
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: CAVALCANTE, Kenia Queiroz. Consciência Fonológica e níveis psicogenéticos de escrita nos 1° e 2° anos do ensino fundamental. 2015. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada) - Universidade Estadual do Ceará, Ceará, 2015.