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Alfabetizar letrando: para além dos conceitos e das práticas. Um estudo sobre o que pensam professoras alfabetizadoras
A crescente imposição da questão da alfabetização compõe o panorama de preocupações no cenário mundial contemporâneo. Os investimentos e as iniciativas públicas voltadas no Brasil e no mundo para o enfrentamento e a superação das taxas de analfabetismo existentes entre crianças, jovens e adultos pretendem chamar a atenção para o problema. Tais investimentos e iniciativas reafirmam a importância adquirida pelas representações e práticas político-culturais acerca da alfabetização na discussão sobre os direitos, principalmente das camadas populares (FERRARO, 2003; FARIA FILHO, 1998). A discussão a respeito do aprendizado da leitura e da escrita coloca-se, fundamentalmente, relacionada à compreensão da necessidade e do uso sempre existente da escrita na sociedade (THOMAS, 2005) e de forma mais específica, os modos pelos quais a alfabetização, dada a sua complexidade, define a escolarização da escrita (COOK-GUMPERZ, 1991; VINÃO FRAGO, 1993; GRAFF, 1994; MAGALHÃES, 1996). Em relação ao caso brasileiro há um movimento de reflexões sobre como alfabetização e sua efetividade ganha corpo na década de 80 (MORTATTI, 2000; FRADE, 2003). Da profusão de estudos e discussões, dessa década, ganha espaço as contribuições dos estudos sobre letramento (SOARES, 2001, 2004, 2014; KLEIMAN, 1995, 2016; ROJO, 1998; 2009; GONTIJO, 2014). O amadurecimento das discussões em torno da alfabetização e do letramento faz emergir o conceito alfabetizar letrando, objeto do presente estudo. Nessa perspectiva, pretende-se investigar, a partir de um estudo descritivo exploratório inspirado nos princípios da pesquisa-ação, como professores alfabetizadores caracterizam a proposta do alfabetizar letrando, tomando como categorias iniciais as concepções de alfabetização, letramento e alfabetizar letrando. Os resultados evidenciam que, no âmbito dos sujeitos investigados, as concepções de alfabetização e letramento transitam entre características, aspectos e proposições que se baseiam em memórias e experiências pessoais relacionados ao fazer pedagógico. Em virtude disso, pode-se perceber que a compreensão do alfabetizar letrando passa a se organizar em torno da prática pedagógica. O discurso do alfabetizar letrando parece proporcionar um lugar aonde é possível reconhecer o que é específico da alfabetização e do letramento num movimento de reflexão que se organiza para além de um e de outro campo.
Nome do Autor: Ana Claudia dos Santos AbreuNome do Orientador: Amelia Escotto do Amaral Ribeiro
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Estado:Rio de Janeiro
Ano Publicação: 2017
Curso: PG em Educação, Cultura e Comunicação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: ABREU, Ana Claudia dos Santos. Alfabetizar letrando: para além dos conceitos e das práticas. Um estudo sobre o que pensam professoras alfabetizadoras. 2017. Dissertação de Mestrado (PG em Educação, Cultura e Comunicação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.