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Práticas de escrita de crianças do primeiro ciclo de alfabetização em situações reguladas pela professora e pelo grupo: em situações reguladas pela professora e pelo grupo

Esta pesquisa tem como foco as práticas de escrita de gêneros textuais das crianças de duas turmas de uma escola da Rede Municipal de Belo Horizonte, ambas do 1º ciclo de alfabetização, em situações reguladas pelas professoras e outras pelo próprio grupo de crianças. Busca-se: investigar como os gêneros textuais se organizam, se constituem e circulam no contexto escolar; reconhecer quais os conhecimentos que as crianças demonstram ter sobre os gêneros textuais; e refletir sobre o que as crianças pensam sobre a prática escrita dentro e fora da escola. A pesquisa de caráter qualitativo fundamenta-se em procedimentos metodológicos alinhados à perspectiva etnográfica. Conta com a imersão da pesquisadora no campo, com a observação participante, com o registro no diário de campo e com a entrevista semi-estruturada como principais instrumentos de coleta de dados. Fundamenta-se, teoricamente, nos estudos de Bakhtin (2003) por considerarem a linguagem como um fenômeno social, histórico e ideológico. Dessa forma, adota-se a noção bakhtiniana de sujeito como aquele que se constitui interagindo com os discursos do outro. A pesquisa dialoga com o conceito de gênero do discurso, que possibilita a compreensão dos diversos usos da linguagem em diferentes esferas sociais. Também está baseada nos estudos de Ferreiro (1986) sobre a construção da escrita; de Soares (1998) sobre alfabetização e letramento; de Costa Val (1991) e Geraldi (2002) sobre o ensino da escrita; e de Rojo (2001), Bazerman (2005), Dolz e Schneuwly (2004) e Marcuschi (2007) sobre os gêneros textuais. A pesquisa aponta para a existência de um ensino da escrita distante dos usos reais da linguagem e, em contrapartida, para a existência de inúmeras situações de uso pelas crianças dos gêneros textuais, em situações autênticas, nos seus momentos de interação social, embora essas práticas não sejam visíveis aos olhos das professoras e das próprias crianças. Constata- se, também, a riqueza de conhecimentos demonstrados pelas crianças sobre o uso dos gêneros textuais dentro e fora da escola. Os resultados desta pesquisa possuem implicações diretas no que diz respeito à necessidade de se repensar o ensino da escrita, vinculando-o a uma perspectiva dos gêneros textuais, e abrem um leque de possibilidades para compreender melhor o uso da linguagem escrita pelas crianças em processo de alfabetização.

Nome do Autor: Claudia Starling Bosco
Nome do Orientador: Maria Zélia Versiani Machado
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Estado:Minas Gerais
Ano Publicação: 2010
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: BOSCO, Claudia Starling. Práticas de escrita de crianças do primeiro ciclo de alfabetização em situações reguladas pela professora e pelo grupo: em situações reguladas pela professora e pelo grupo. 2010. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2010.