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Abordagem construtivista em uma classe de ciclo básico de alfabetização

 Este estudo tem por objetivo , refletir sobre a condução do processo pedagógico na construção da leitura e da escrita por alunos do Ciclo Básico de Alfabetização-II, em uma escola pública de Goiânia, por uma amostragem de uma classe de 2o ano de escolarização composto por 29 alunos. Tal objetivo, exige uma avaliação do CBA enquanto prática pedagógica, entretanto, não é objetivo deste trabalho, a avaliação do CBA quanto a sua concepção teórica. Os dados foram coletados a partir da observação participante e de entrevistas formais e informais; e registro dos mesmos. Em 1988, foi implantado o CBA, em caráter experimental, visando um ensino mais democrático e de melhor qualidade. Para explicar o fracasso que ocorre logo no início da escolarização e que mais da metade dos alunos são reprovados, estão sendo evocadas causas de natureza social, econômica e educacional, que estão envolvidas no CBA. A gênese do problema que move este estudo se concentra na preocupação com a significação social da alfabetização e como a escola lida com a construção deste objeto de conhecimento. Neste contexto, o construtivismo não é proposta pedagógica, não esgota as questões complexas que estão envolvidas no ato de ensinar e aprender, que não são meramente de ordem psicológica. A proposta pedagógica do CBA, visa repensar o sistema educacional e a função pedagógica da escola, para que esta responda de forma mais efetiva, aos anseios da comunidade. Fundamenta-se na teoria dos processos de aquisição do conhecimento de Piaget, e nas pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, sobre o processo de aquisição da leitura e da escrita. Sua implantação em Goiás foi decorrente de uma preocupação dos educadores e de toda a comunidade escolar com a alfabetização. No CBA-II a leitura é trabalhada coletivamente, e a escrita, trabalhada com ênfase no treinamento mecânico. A autora discorre ainda sobre o ensino da Matemática, Ciências e Estudos Sociais. Nessa perspectiva, o professor deve assumir um papel dinâmico onde instiga o poder reflexivo de seus alunos. A alfabetização é aqui vista como um processo que leve o aluno do domínio da leitura e da escrita em todas as situações sociais onde deles tenham necessidade. Pode-se concluir que, ainda que a proposta do CBA tenha enfoque construtivista, a escola continua alfabetizando de forma mecânica.

Nome do Autor: Dalva E. Gonçalves Rosa
Nome do Orientador: Maria Hermínia Marques da Silva
Instituição: Universidade Federal de Goiás
Estado:Goiás
Ano Publicação: 1993
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: ROSA, Dalva E. Gonçalves. Abordagem construtivista em uma classe de ciclo básico de alfabetização. 1993. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal de Goiás, Goiás, 1993.