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Concepção integradora na prática de alfabetização: projeto de vida
Este estudo teve por objetivo desenvolver uma concepção integradora da ação pedagógica de alfabetização, com uma prática a serviço da concretização de um projeto. Para tanto, foram entrevistados 50 professores alfabetizadores qualificados e reconhecidos que atuaram nas décadas de 30 a 80. Os profissionais foram assim distribuídos: 1de 30; 2 de 40; 9 de 40 e 50; 18 de 60 e 70; e 20 da década de 80. O critério de seleção dos professores que atuaram nas décadas de 30, 40 e 50 foi a disponibilidade em conceder a entrevista, enquanto para os que trabalharam nas décadas de 60 e 70, o critério foi o reconhecimento de um trabalho de qualidade na área de alfabetização, realizado naquela época. Já na década de 80, foram selecionados intencionalmente, regentes de classe de alfabetização e especialistas responsáveis pela orientação de professores de alfabetizadores, todos efetivamente atuando em escolas de 1º grau. A metodologia utilizada foi: revisão de literatura; realização de entrevistas semi-estruturadas com profissionais da alfabetização que atuaram em décadas de 30 a 80; organização das informações numa síntese integradora dando-a prática de alfabetização a dimensão que lhe é pertinente. Da análise das entrevistas, a autora ressalta que dos 50 alfbetizadores entrevistados a cerca da prática desenvolvida, na década em que atuaram, 40 assumem uma posição acrítica em relação ao modismo, apenas 12 não consideram o professor incapaz, atribuindo o fracasso escolar a outros fatores; apenas 6 não foram capazes de explicitar a adoção de um único referencial teórico. Dos 38 profissionais atuantes nas 3 últimas décadas, 9 que somente trabalharam nos anos 80, são unanimes em confirmar a %u201Cqueda%u201D da prontidão. Dos profissionais atuantes atuantes nos anos 60, apenas 5 ainda se prendem ao conceito tradicional de prontidão. Os outros, da década de 60 e 70 encaram com reservas, Os entrevistados dos anos 30, 40 e 50 insistem na necessidade da prontidão. Somente 4 (anos 50) disseram que as coisas estão mudando. Assim com a questão da prontidão, a concepção de método tem sido um dos grandes entraves no desenvolvimento da prática pedagógica alfabetizadora. Os professores apresentam concepções diferentes de acordo com a época que atuaram, evoluindo durante o passar do tempo. Desta forma, conclui-se que a alfabetização é considerada não com a aquisição de uma tendência, mas como apropriação de uma técnica, mas como apropriação de um objeto conceitual de cunho prático, ressaltando seu papel emancipador e libertador.
Nome do Autor: Maristela Miranda Ribeiro GondimNome do Orientador: Lígia Gomes Elliot
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Estado:Rio de Janeiro
Ano Publicação: 1990
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: GONDIM, Maristela Miranda Ribeiro. Concepção integradora na prática de alfabetização: projeto de vida. 1990. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1990.