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O cotidiano de classes de alfabetizacao e a construcao da autonomia de aprendizagem.

O objetivo deste trabalho é de investigar como se efetiva, no cotidiano escolar, o processo de construção da autonomia de aprendizagem de alunos de 1a série do ensino de 1o grau. Os procedimentos psicológica selecionados foram: entrevistas com as professoras, alfabetizandos e supervisores escolares, observações em salas de aula e da rotina escolar e análise de materiais produzidos pelas alfabetizadoras e seus alunos. Foram selecionados como participantes desta pesquisa, 2 professoras e 2 classes alfabetização de duas escolas estaduais, localizadas na periferia urbana de Porto Alegre. O alfabetizador precisa compreender que seu papel é de ser o elo de ligação entre o aluno e o mundo da escrita, criando em sala de aula um ambiente estimulador, no qual a aprendizagem se consolide mediante situações cooperativas e desafiadoras. A sala de aula deve ser um cenário no qual se vivenciem situações que não envolvam apenas "situações de inteligência ou da memória", mas que atendam às exigências de "tomada de valores", procurando-se a "autonomia, a participação , a abertura para o outro". A 1a professora entrevistada, não fornecia espaço para a "voz do aluno" e desconsiderava a importância do diálogo para a objetivação de uma convivência enriquecedora, embora, por vezes, conflituosas. Já em relação à 2a professora, esta procurava manter a sala de aula um clima ao mesmo tempo calmo e desafiador, respeitando as singularidades de cada criança. A autora aponta que a ação pedagógica eficaz é aquela cuja preocupação é com o processo, com os sujeitos a quem se destina. A construção do conhecimento é um processo intersubjetivo e dialógico que acontece pelo confronto e cooperação entre os sujeitos e os outros. O processo de alfabetização, desenvolvido mediante uma perspectiva de apropriação da linguagem escrita como um objeto de natureza sociocultural, exige que o professor assuma a postura de "mediador" sistemático entre a criança a língua. Neste sentido, os processos de ensinar e de aprender necessitam redimensionar-se, centralizando-se não mais em um método de ensino, mas nas trocas e interações entre alfabetizando e a língua escrita. Concluí-se que um ambiente descontraído, estimulante, que desenvolva, as experiências sociais e , acima, de tudo, estabeleça uma convivência democrática e compromissada dos alunos diante das situações de aprendizagem, contribui para o desenvolvimento da autonomia da aprendizagem; bem como a distorção da visão mecanicista da leitura e da escrita.

Nome do Autor: Liana Maria Requia Gabbardo
Nome do Orientador: Maria Emília Amaral Engers
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Estado:Rio Grande do Sul
Ano Publicação: 1993
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: GABBARDO, Liana Maria Requia. O cotidiano de classes de alfabetizacao e a construcao da autonomia de aprendizagem. 1993. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 1993.