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A construção do código lingüístico escrito em programas de alfabetização
O estudo objetivou descrever e analisar os programas de alfabetização bilíngüe (Português-Alemão) em três escolas particulares do Rio de Janeiro, duas experimentais bilíngües e uma escola brasileira com ensino de alemão como língua estrangeira, as três com alunado proveniente da classe média alta. Foram estudadas cinco turmas, duas em que o português era a língua materna e o alemão língua intermediária ou estrangeira, duas em que o português era língua materna ou intermediária e o alemão, língua materna, intermediária ou estrangeira, e uma com todos os alunos de nacionalidade brasileira, com domínio de uso oral apenas da língua portuguesa, aprendizes do alemão como segunda língua. Foram feitas entrevistas com os responsáveis, nas escolas, pelas funções de direção, coordenação, orientação educacional e pedagógica, e com os professores alfabetizadores, foram estudados as cartilhas e o material didático utilizados para a alfabetização em português e em alemão, e foram observadas as atividades de sala de aula. Os dados foram analisados à luz das tendências e padrões relevantes nas escolas em relação a: situação lingüística oral dos alunos, antes do aprendizado formal do código lingüístico escrito; o momento ou série em que ocorria a alfabetização sistemática alfabetização simultânea ou consecutiva nas duas línguas; a maneira de operar de cada escola; os procedimentos metodológicos selecionados para a alfabetização, em língua dominante e não dominante; o critério adotado para escolha dos professores alfabetizadores. A autora concluiu que alguns aspectos da prática das escolas mereciam reavaliação, enfatizando: a necessidade de considerar a consciência metalingüística das crianças, na definição da proposta de alfabetização; a inconveniência de uma alfabetização bilíngüe simultânea com a mesma intensidade em línguas de domínio oral diferente; a necessidade de adequar os procedimentos metodológicos ao desempenho lingüístico oral das crianças; a necessidade de que o professor alfabetizador de turmas bilíngües domine as duas línguas em jogo no processo.
Nome do Autor: SCHIAFFINO, Mônica MariaNome do Orientador: Maria Aparecida Mamede Neves
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Estado:
Ano Publicação: 1988
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Psicolingüistica
Assunto:Proposta Didática
Referência:
SCHIAFFINO, Mônica Maria. A construção do código lingüístico escrito em programas de alfabetização bilíngüe português-alemão: um estudo de caso. Rio de Janeiro: PG em Educação, Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1988. 210p. (Dissertação de Mestrado).