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A prática do professor alfabetizador, a identidade e as manifestações cognitivas de 6 a 7 anos : interação e construção.
Esta investigação objetivou observar a prática pedagógica do professor diante das manifestações da cognição e da identidade sociocltural das crianças em classes de alfabetização. A investigação caracterizou-se por estudo do tipo etnográfico, realizado em três contextos socioculturais diferentes, para permitir uma caracterização mais evidente da realidade da criança e do exercício docente, à luz das teorias sobre a construção do conhecimento e da preservação da identidade sociocultural. Para efetivação deste próposito utilizaou-se a entrevista e a observação na coleta de dados. As entrevistas realizadas com as professoras das turmas escolhidas serviam de ponto de partida para as observações, além de subsidiar a base do conhecimento desta investigação. As observações realizadas nas três turmas tiveram o próposito de coletar informações complementares, na perspectiva da relação entre a teoria e a prática do alfabetizador, inserida em diferentes contextos. Os dados foram estudados através da análise de conteúdo, tendo como base as indicações de engers (1987), buscando desta forma considerar os fatos emergidos da realidade descrita. Na verdade, a investigação contemplou o paradigma qualitativo, construtivista e interacionista (Lincoln e guba, 1985; Ludke e André, 1986; Engers, 1994). Considerou-se, no decorrer do estudo, a história e a atualidade dos alunos, professores e investigadores. Os componentes históricos, sociais e culturais nortearam também a pesquisa bibliográfica, referencial teórico desta investigação. Os resultados revelaram que existe uma vinculação bastante proeminente entre a identidade e a construção do conhecimento e um distanciamento entre o discurso e a prática do professor alfabetizador. Este professor, produto da orientação positivista, tem dificuldade de assimilação de uma postura interacionista. Coloca em prática o conjunto de valores que orientou sua trajetória pessoal e profissional e adota um discurso que permite sua inclusão nas tendências pedagógicas preconizadas como modernas. A superficialidade do conhecimento teórico não permite ao professor a percepção da evidência cognitiva e sociocultual da criança e a reflexão sobre seu próprio ser e fazer. As repercussões no processo de alfabetização são perceptíveis e sues efeitos previsíveis. As possibilidades de interação e construção surgem na prática do professor orientado nessa direção, com um embasamento teórico consistente associado a uma prática coerente, estruturada a partir da reflexão sobre a própria ação. A pesquisa permitiu perceber que, do alfabetizador do ano 2000 exigir-se-á uma competência pedagógica calcada na criatividade, no conhecimento científico e tecnológico e na decisão de contribuir com a construção de uma história impregnada de valores, que são básicos na preservação e evolução da essência humana.
Nome do Autor: Marlise Heemann GrassiNome do Orientador: Maria Emília Amaral Engers
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Estado:Rio Grande do Sul
Ano Publicação: 1996
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: GRASSI, Marlise Heemann. A prática do professor alfabetizador, a identidade e as manifestações cognitivas de 6 a 7 anos : interação e construção. 1996. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 1996.