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A alfabetização de crianças muito diferenciadas
Este trabalho tem por objetivo, propor respostas a situações de ensino-aprendizagem enfrentadas por professoras e alunos, em situações diferenciadas quanto à idade e experiência escolar. O estudo desenvolveu-se durante o ano de 1992 na EEPG (R) da Fazenda Santa Madalena, depois denominada de EEPG (R) "Prof. Antônio Garcia Egéa", com um grupo de crianças de 6 a 15 anos. Os procedimentos foram: coleta de dados, posterior análise e avaliações diagnósticas. A compreensão da linguagem escrita vai ocorrer em função da linguagem falada que inicialmente funciona como elo mediador e que vai sendo abandonada para que a criança assuma por inteiro a escrita numa dimensão discursiva. Essa dimensão se faz presente possibilitando a dimensão da escrita dos outros, pois é através da presença da outra pessoa que a criança percebe a necessidade produzir uma escrita compreensível tanto quanto deseja ler o que o outro produziu, e para isso é necessário a apropriação de código escrito. Neste sentido, verifica-se que é preciso muito mais que a percepção de formas e de letras para a alfabetização ocorrer. É necessário um mundo de atividades mediadas com ampla significação para a criança. A autora ressalta ainda, a importância da vida escolar, e da alfabetização como introdutória a esta vida. Desta forma, a experiência da criança na pré-escola é qualitativamente a experiência que ela vive no contexto escolar. Para se desenvolver com eficiência a escrita, são necessárias técnicas diferenciadas, utilizadas cada uma de acordo com a situação correspondente, sendo portanto, substituíveis. O ato de ler e escrever são ações individuais, porém o contexto no qual estes acontecem, são sociais, histórico e cultural, pressupondo um autor e um leitor sucessivamente. Estar alfabetizado, segundo a autora, é a criança poder assumir a condição de abordar de maneira ampla e conveniente diferentes tipos de textos e ter acesso ao seu conteúdo. A partir de diversos materiais coletados e de diferentes situações observadas, a autora foi capaz de elaborar fichas que categorizavam as crianças em diferentes níveis relacionados á aquisição da leitura e da escrita. As categorias criadas são: A, B, C, D e E , sendo a primeira categoria de crianças que demonstram menos controle das habilidades, e assim progressivamente. A autora conclui que o êxito da criança não depende apenas de suas próprias capacidades e funções mentais naturais, sendo necessário também a interação num contexto que propicie o desenvolvimento da leitura e da escrita.
Nome do Autor: Sonia Maria Coelho MoreNome do Orientador: Alda Junqueira Marin
Instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
Estado:São Paulo
Ano Publicação: 1996
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação
Grau do Trabalho: Dissertação de Mestrado Acadêmico
Área: Ciências Humanas: Educação
Tipo de Pesquisa:
Referencial Teórico: Em análise
Assunto:Em análise
Referência: MORE, Sonia Maria Coelho. A alfabetização de crianças muito diferenciadas. 1996. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, São Paulo, 1996.