A Matemática de “cara nova”


     

Letra A • Quinta-feira, 13 de Agosto de 2015, 16:03:00

Por Eliza Dinah

Do material elaborado e enviado pelo MEC, as equipes de formação trabalharam os conteúdos, didáticas e brincadeiras a serem discutidos com os professores. Segundo a orientadora de estudos de Perdões (MG) Jaqueline Pinheiro, o Pacto foi uma formação muito diferente das outras de que ela já participou. E a maior mudança foi relativa à forma de acesso ao conteúdo. Segundo ela, em experiências anteriores, os professores voltavam para casa com muitas folhas e papéis e acabavam se perdendo ou se desmotivando com tanto texto para ler. “O Pnaic trouxe um diferencial, propôs aprofundar muito mais no modo como as crianças se apropriam do conhecimento, mostrando como se processa a atividade do ponto de vista da criança”, afirma. Segundo Jaqueline, essa abordagem levou o professor a ver que ele próprio precisava mudar sua maneira de entender a Matemática para trabalhá-la em sala de aula.

Com essa mudança na forma de pensar o ensino, os resultados começaram a aparecer nas salas de aula. A professora Marcilene Dias, da cidade de Bom Jesus do Amparo (MG), conta que começou a ter mais segurança na proposição e desenvolvimento das atividades matemáticas. “A dificuldade era pensar: ‘como eu vou esmiuçar esse problema?’. E o Pacto facilitou isso demais, ajudando na forma como a gente interpreta e até gera dali outros problemas matemáticos.” Com mais confiança, a professora não parou de criar, e destaca, entre as atividades desenvolvidas, a reprodução de uma feirinha na sala de aula e a adoção da contação de histórias no ensino da Matemática. Para a orientadora Eliane Azevedo, os efeitos do Pnaic puderam ser sentidos até mesmo na estrutura da sala de aula: “Nossas salas se transformaram: agora possuem cantinho da Matemática, reta numérica, relógio, utilização de materiais concretos, cantinho da literatura etc”, relata.

 


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