Ceale/Gpell/Prollei promovem primeira oficina de 2020

Confira depoimentos sobre a oficina "Literatura para bebês"


     

Acontece • Terça-feira, 29 de Setembro de 2020, 12:04:00

 
Nos dias 10 e 17 de setembro, o Projeto de Extensão Oficinas de Leitura Literária (PROLLEI/UFMG) realizou sua primeira oficina de 2020, “Literatura para bebês”, ministrada por Cristiene Leite Galvão, doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da UFMG.
 
Na oficina, Cristiene explicou e defendeu por que ler para bebês, discutindo como estes apreendem o mundo e se comunicam. 
 
 

Avaliações da oficina

Confira depoimentos de alguns dos participantes sobre o que acharam da primeira oficina do Prollei:
 
 
Ana Carolina
 
 

 
"Olá, meu nome é Ana Carolina Fernandes, eu sou professora de educação infantil de uma escola internacional aqui em Belo Horizonte. Já estou na educação infantil há mais ou menos uns 15, 16 anos, incluindo uma experiência fora do país, em que eu fui gestora de um daycare nos Estados Unidos, em que foi aonde meu coração começou a bater ainda mais forte pela educação infantil. A oficina de formação de mediadores e promotores da leitura literária, da Federal, está sendo uma experiência enriquecedora pra mim, e eu acredito que pra todos os participantes. São momentos de troca de conhecimentos, e novas aprendizagens, e tudo feito de uma forma muito tranquila, muito enriquecedora, com respeito aos participantes, e eu só tenho a agradecer a oportunidade. O que eu tenho aprendido, eu tô refletindo, de forma a adequar isso pra minha demanda, que é uma escola bilíngue, e é interessante às vezes ver que o que a gente faz lá fora, em outro país, reflete também no que a gente faz aqui no nosso próprio país, até mesmo em relação a estar mesmo explorando livros, que é uma coisa que eu acredito muito. Eu acho que a criança aprende aquilo que ela é estimulada a aprender. Então, se a gente demonstra pra eles que nós somos apaixonados por livros, eles podem se tornar amantes da leitura também, e é isso que eu busco nesse curso. Eu busco essa bagagem maior ainda, de como levar isso de volta pra minha sala de aula, porque eu sou simplesmente apaixonada por essa parte em que as crianças vão lá, exploram os livros e entram nesse mundo da fantasia e da poesia, como nós tratamos ontem na oficina sobre os bebês. A riqueza que esses bebês têm de conhecimento e que às vezes a gente não valoriza tanto. Então eu só tenho a agradecer, com certeza está sendo uma experiência ótima e tudo que eu puder tirar de aprendizado eu vou tirar e vou não só levar comigo, de volta pra escola, mas também dividir com meus colegas de escola."
 
Carlos

"Olá, meu nome é Carlos Borges, sou professor de língua portuguesa, literatura e redação. Atualmente leciono para turmas de ensino médio na rede estadual de ensino. Participei no último dia 10 de setembro da oficina do Prollei, que abordou o tema Literatura para crianças, ministrada pela professora Cristiene Galvão. Eu ainda não havia me tocado pro fato de que os bebês poderiam ter contato com a literatura. Pra mim, foi uma grata surpresa saber que existem muitos escritores que se preocupam com essa questão. Quanto à oficina, foi excelente, tanto pela organização, quanto pela palestrante, que de forma simples, direta, mas muito cativante, conseguiu encantar os participantes. Estou ansioso para saber como será o próximo encontro. Gostaria de parabenizar toda a equipe organizadora, em especial a professora Cristiane, pela oportunidade que tive."

Eldine

 

"Meu nome é Eldine Oliveira Silva, sou professora da educação infantil na rede municipal de Belo Horizonte. Primeiramente, eu achei a proposta das oficinas do Prollei fantásticas, quem me indicou foi a própria Cristiene, que apresentou para nós a oficina Literatura para bebês. É sempre muito bom ouvir a Cris, eu a conheci durante sua pesquisa na instituição em que trabalho, onde desenvolvemos a partir de trocas de experiências com ela um projeto literário com a turma do berçário. Durante a oficina, o que me encantou foi a preocupação da própria Cris em deixar todos à vontade e se todos os participantes estavam compreendendo a linha de ação, de raciocínio proposto por ela. Novidade pra mim foi saber que já no útero materno, a audição da criança, no caso o bebê, se desenvolve de tal forma que essa habilidade o auxilia no conhecer dos ambientes, após o nascimento. E vou levar comigo a afirmativa que devemos sim proporcionar aos bebês momentos de leitura e literatura de livros literários."

Pâmela

 

 
"A oficina 'A literatura e os bebês', ministrada por Cristiene Leite Galvão, me possibilitou aprender com mais profundidade sobre todas as capacidades de compreensão, comunicação e interação dos bebês com os meios sociais em que estão inseridos. Como bibliotecária, mediadora de leitura e contadora de histórias, tive poucas oportunidades de mediar leitura para bebês, e através dessa oficina eu pude aprender maneiras de dialogar com os bebês por meio da mediação, compreendendo a linguagem deles, como por exemplo os ritmos, canções, gestos, movimentos, etc. Ouvir a Cristiene me trouxe mais convicção de que a literatura e os bebês têm um vínculo íntimo, desde quando eles estão no ventre materno, por meio dos sons intrauterinos e da própria voz da mãe e dos adultos que o cercam. Foi muito importante aprender que os bebês começam a experienciar a literatura através das narrativas orais, apresentadas pelas vozes dos adultos. Por muitas vezes, observei adultos subestimando a capacidade dos bebês de fabularem e construírem a partir do que veem, escutam e experenciam. Compreendi também o quanto eles são capazes de elaborarem seus próprios sentimentos, através das brincadeiras e jogos que propõem. Foi muito forte e tocante ouvir a Cristiane que enquanto brincam, os bebês produzem, criam, fabricam e poetizam suas experiências no mundo. Por isso, é tão íntima a relação deles com a literatura. Com muita naturalidade, eles já fabulam, fazendo de conta, criam seus reportórios de histórias, e se nutrem com as metáforas. Enquanto adulta e mediadora de leitura, tenho a responsabilidade de oferecer livros, cantos e contos diversificados e com qualidade estética, pra que o repertório desses pequenos leitores seja cada vez mais amplo e os proporcione a capacidade de julgar os objetos culturais e as narrativas que dizem respeito a eles, participando da constituição de cada um enquanto indivíduos e seres sociais. Quanto mais livros e de mais narrativas de qualidade apresentamos aos bebês, mais significativa será a formação deles enquanto indivíduos, seres sociais, e leitores críticos e autônomos e mais cedo o livro, enquanto objeto físico, se transformará em objeto de valor cultural. A experiência com essa oficina foi muito enriquecedora pra mim enquanto profissional e futura mãe."
 
Sofia
 
 

"Olá, eu sou Sofia Vieira, eu sou estudante de biblioteconomia pela UFMG, e a oficina da Prollei está tendo um caráter muito importante pra mim. As oficinas têm me trago reflexões, linhas de pensamento e aprendizados de exímia importância pra formação da futura profissional bibliotecária que eu pretendo ser. A literatura pra mim sempre se apresentou com caráter emancipatório de construção de subjetividades em diversos âmbitos da sociedade. Então aprender a refletir sobre a literatura infantil e o impacto que ela pode ter para o indivíduo e para a sociedade, por meio das oficinas, tem sido algo essencial pra minha formação profissional e pessoal."

 

O Prollei

O Prollei é um projeto da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG coordenado pelas professoras da FaE/UFMG Telma Borges e Célia Belmiro, que faz parte do programa Bebeteca (FaE/UFMG), este coordenado pela também professora da FaE Mônica Baptista. O projeto acontece em edições com turmas semestrais, e semanalmente são abordados e discutidos um tema do universo da literatura infantil. 
 
Devido ao isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, foi decidido que neste semestre as oficinas do Prollei acontecerão por meio de encontros por vídeo-conferências.
 
Instagram do Prollei: @prolleiufmg
Instagram da Bebeteca: @bebetecaufmg