O universo da astronomia
Competição nacional incentiva a observação e o estudo dos corpos celestes
Letra A • Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2015, 18:08:00
Por Amanda Lira
Com o auxílio do relógio de Sol e de aplicativos de celular, alunos do 5º ano do Centro Pedagógico da UFMG foram, pela segunda edição consecutiva, medalhistas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Para estimular os alunos e prepará-los, a professora Elaine Soares França desenvolveu atividades como a construção de um relógio de Sol, debates antes das aulas e visitas ao Planetário do Espaço do Conhecimento da UFMG. Muitas dessas atividades são sugeridas pela própria organização da Olimpíada, que disponibiliza um passo a passo em seu site. “No ano passado, era para fazer uma estimativa da distância entre a Terra e a Lua. Eles mandam os cálculos e a gente vai fazendo tudo.” Após elaborarem os astros em papel alumínio, as crianças mediram o que seria a distância proporcional entre o planeta e seu satélite. “Os meninos ficam surpresos porque a gente usa a sala inteira para colocar a Lua pequenininha de um lado e a Terra do outro.” Para que os alunos exercitassem o conteúdo, Elaine aproveitou recursos disponibilizados pela própria OBA: realizou simulados com base nas avaliações anteriores e apresentou um aplicativo gratuito desenvolvido como simulado sobre astronomia e astronáutica.
Para Elaine, participar da OBA é uma estratégia de abordar assuntos que já compõem a grade curricular e ainda trabalhar outros temas interessantes, como o lançamento de foguetes. Um dos alunos de Elaine, antes tímido, tornou-se mais ativo e interessado nessas aulas. “No ano seguinte, a professora de Português fez uma atividade para eles escreverem uma carta para alguém. E ele me escreveu, dizendo que estava super apaixonado com a Astronomia e que quer ser astrônomo.”