Simpósio apresentou projetos de jogos literários digitais

Programadores e artistas trabalharam juntos em dois workshops, um voltado para a produção de narrativas para crianças e outro para adultos


     

Acontece • Terça-feira, 23 de Dezembro de 2014, 20:48:00

"Nós estamos construindo uma nova linguagem", afirmou Francisco Marinho durante o encerramento do VII Simpósio Nacional e III Simpósio Internacional de Literatura e Informática, que aconteceu na última sexta feira, 19 de dezembro. O simpósio contou com workshops de duas semanas, nos quais foram desenvolvidos projetos com a concepção "do analógico ao digital".

O projeto infantil, Nós na Linha, foi pensado para quatro tablets em sequência. Em uma das propostas narrativas apresentadas, o chamado "Mundo dos Bordados", é trabalhado com esses tablets na posição horizonal unidos por um suporte de pano. Cada tablet contém uma parte do jogo. Esse jogo é formado por cataventos que, ao serem tocados, soltam linhas que, também tocadas, se transformam em mandalas. As mandalas emitem um som quando batem umas nas outras. Também foram pensados alguns dentes de leão contendo poemas: quando esses iten são chacoalhados, as palavras do poema se dispersam no ar. Outra característica do jogo são os vagalumes que ficam vagando através dos tablets de acordo com a inclinação em que se encontram. Se tocado, o vagalume acende e o resto se apaga.
 
Numa outra possibilidade de jogo narrativo na vertical, o primeiro tablet teria estrelas, o segundo o sol e a lua. Ao tocar nas estrelas são gerados poemas saindo do sol e da lua. O terceiro tablet é composto por nuvens que podem ser arrastadas para cima do sol e gerar uma tempestade de poemas que vão passando pelos tablets até o mais baixo, que é onde se encontra o mar.
 
Um outro jogo foi pensado com os tablets na vertical, no cenário de uma praia. Haveriam palavras na areia que seriam trazidas e levadas pelas ondas formando poesias. Além de versos as ondas poderiam trazer imagens, áudios e animais marinhos com os quais o jogador pode interagir, como tartarugas e siris.
 
Além do projetos para o público infantil, foi apresentado também um projeto para adultos (Paradox.os) e mostrado o jogo Liberdade, desenvolvido no simpósio do ano passado e aprimorado ao longo do ano de lá pra cá. "É legal que essa oficina seja um pontapé inicial para um trabalho a ser desenvolvido ao longo do ano", afirmou Francisco Marinho coordenador dos projetos. O pontapé foi dado.